SELEÇÃO DE DECISÕES

 Selecionar Todos     Imprimir  Imprimir Selecionados

80ms
DOCUMENTO 1
 
Integra Integra do Acórdão Integra Ementa pré-formatada para citação Carregar documento  Imprimir/salvar (selecionar)
Processo:
613763-9
(Acórdão)
Segredo de Justiça: Não
Relator(a): Noeval de Quadros
Desembargador
Órgão Julgador: 2ª Câmara Criminal
Comarca: Foz do Iguaçu
Data do Julgamento: Thu Sep 24 17:49:00 BRT 2009
Fonte/Data da Publicação: DJ: 249 Fri Oct 16 00:00:00 BRT 2009

Ementa

DECISÃO: ACORDAM os integrantes da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em conhecer parcialmente, e, nesta parte, denegar a ordem de habeas corpus. EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA E FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PARTICULAR. ART. 1º, INC.II, IV E V DA LEI 8137/90. ART. 298 DO CP. ALEGAÇÃO DE NULIDADE PROCESSUAL ABSOLUTA. 1. INTERROGATÓRIO REALIZADO SEM A PRESENÇA DO DEFENSOR. ATO REALIZADO ANTERIORMENTE À LEI 10.792/2003. 2. RÉU QUE NÃO É INTIMADO DA AUDIÊNCIA DAS TESTEMUNHAS DE DENÚNCIA. IRRELEVÂNCIA. ACUSADO QUE APÓS O INTERROGATÓRIO MUDA DE ENDEREÇO E NÃO COMUNICA AO JUÍZO. DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO POR EDITAL. ART. 367, CPP. 3. FALTA DE INTIMAÇÃO DO DEFENSOR DATIVO DA EXPEDIÇÃO DE CARTA PRECATÓRIA PARA A OUVIDA DE TESTEMUNHAS DE DENÚNCIA. NOMEAÇÃO DE DEFENSOR DATIVO PELO JUÍZO DEPRECADO. NULIDADE RELATIVA. AUSÊNCIA DE ARGUIÇÃO DA SUPOSTA NULIDADE E DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO CONCRETO NA FASE DE ALEGAÇÕES FINAIS. PRECLUSÃO. SÚMULA 155 DO STF. 4. CERCEAMENTO DE DEFESA. DEFICIÊNCIA DE DEFESA TÉCNICA. SÚMULA 523 DO STF. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO NA VIA ESTREITA DE HABEAS CORPUS. 5. NULIDADE OU CERCEAMENTO AFASTADOS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA, E, NESTA PARTE, DENEGADA. 1. A ausência de defensor no interrogatório realizado anteriormente à Lei 10.792/2003 não causa a nulidade do processo. 2. Se o acusado, depois do interrogatório, mudou de endereço e não comunicou o Juízo, não há necessidade de se intimá-lo por edital para as audiências que se seguirem, porque foi o réu quem descumpriu uma regra básica, a de manter o juízo informado sobre o endereço onde poderia ser encontrado durante o processo (art.367, CPP). 3. Se na fase das alegações finais o advogado não argüiu a suposta nulidade nem alegou qualquer prejuízo ante o fato de não ter sido intimado da referida expedição da carta precatória não se há falar em nulidade absoluta, sobretudo porque nem mesmo neste writ o defensor constituído demonstrou no que constituiria o suposto prejuízo para o réu. 4. No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu. (STF - SÚMULA 523) 5. Não se afigura possível, na via estreita do habeas corpus, analisar suposta deficiência na defesa ou mesmo se acertada ou não a dosimetria da pena porquanto somente em cognição ampla será possível avaliar essas questões. 6. "Se a pretexto de deficiência e contradição na defesa, busca a impetração nulificar julgamento, cuja decisão condenatória está ao amparo da coisa julgada há mais de quatro anos, não merece deferimento a ordem por se apresentar como sucedâneo de revisão criminal, providência não condizente com a via eleita. Excludente de investigação probatória". (STJ - 6.ª Turma, HC n. 8.645)